sábado, 30 de abril de 2011

REGULAMENTO ~> CRIAÇÃO DE UM BLOG PARTE II

REGULAMENTO PARA AS TURMAS DO 8º & 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

1 - Criar o blogger no site: www.blogger.com
2 - Fazer as postagens de acordo com os seus respectivos sub temas.
3 - Ao término de cada postagem colocar a FONTE (de onde tirou o assunto - nome do livro e/ou site na internet)
4 - Mínimo de postagens: 1 para cada participante do grupo.
5 - Colocar os nomes dos participantes no perfil.
6 - Data de Entrega dos blogs: 06/06/2011 (NEM UM DIA A MAIS)
7 - RESULTADO FINAL: 8º ANO: 08/06/2011
                                          9º ANO: 13/06/2011
Data da avaliação da III Unidade de Português: 8º ANO: 13/06/2011
                                                                        9º ANO: 14/06/2011

                                             PONTUAÇÃO DA CRIAÇÃO DO BLOG

1 - POSTAGENS DOS SEUS SUB TEMAS & SUB TEMAS LIVRES:
- Vale de: 0,0 a 3,0.
Obs.: SUB TEMAS: Os que foram colocados por mim em sala de aula.
Obs.: SUB TEMAS LIVRES - Temas a critério do grupo para acrescentar ao blog.
Obs.: CUIDADO com os temas!NADA DE EXTRAVAGÂNCIA.

2 - DESIGN:
- Vale de: 0,0 a 2,5.
Obs.: Criatividade nos recursos do blogger como fotos, slides, vídeos, calendário, horas, contadores de visitas, templates (temas) e etc.

3 - SEGUIDORES:
- Vale de: 0,0 a 1,5.

PONTUAÇÃO TOTAL: VALE DE 0,0 A 7,0.

DETALHE IMPORTANTÍSSIMO: #9º ANO NÃO ESQUEÇAM DA ENTREVISTA.#

RELEMBRANDO: O MELHOR GRUPO EM TODOS OS ASPECTOS DESCRITOS ACIMA LEVARÃO 10,0 NA III UNIDADE DE PORTUGUÊS.

E O OUTRO GRUPO TERÁ A NOTA DIVIDIDA EM 2 PARTES: CRIAÇÃO DO BLOG (0,0 a 7,0) + PROVA (0,0 a 3,0) - (assuntos trabalhados em sala de aula durante o mês)

BOA SORTE & BOM TRABALHO A TODOS OS 4 GRUPOS!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

TRABALHO -> CRIAÇÃO DE UM BLOG PARTE I

                          7º Série - 8º ano

GRUPO I:
Tema: “A natureza a favor da saúde e da beleza”

Sub temas relacionados:
- Ervas Medicinais
- Frutas, verduras e legumes
- Chás (Dietas e remédios para emagrecer)
- Lugares que proporcionam benefícios à saúde


GRUPO II:
Tema: “Beleza e Estética”

Sub temas relacionados:
- Cirurgias plásticas na adolescência;
- Exercícios físicos exagerados;
- Maquiagem e doenças da pele;
- Depilação e seus riscos.




                          8º Série - 9º ano

GRUPO I:
Tema: “Transtornos Alimentares”

Sub temas relacionados:
— Anorexia
— Bulimia
— Obesidade
— Moderadores e inibidores de apetite
— Anabolizantes


GRUPO II:
Tema: “Alimentação e Saúde”

Sub temas relacionados:
— Função dos nutrientes
— Pirâmide alimentar
— Exercícios físicos e saúde
— Alimentos industrializados
— Alimentos diet x alimentos light

ADVÉRBIOS

ADVÉRBIOS


É uma palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.

Ex: Um lindo balão azul atravessava o céu.

Um lindo balão azul atravessava lentamente o céu.

Locução adverbial: É toda expressão formada por mais de uma palavra e que funciona como advérbio. (à direita, à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em breve)

Ex. As notícias chegaram cedo. (de manhã.)

CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS

De acordo com as circunstâncias que exprimem o advérbio pode ser classificado:

1. Advérbios de modo: Assim, bem, mal, depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente, cuidadosamente e muitos outros terminados em mente (calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente)

Locuções adverbiais de Modo: às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão.

2. Advérbios de lugar: Abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, ali, aqui, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto.

Locuções Adverbiais de Lugar: a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta, por aqui.

3. Advérbios de tempo: afinal, agora, amanhã, ontem, breve, cedo, depois, hoje, jamais, nunca, sempre, primeiramente, tarde, sucessivamente, já.

Locuções adverbiais de tempo: às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

4 - Advérbios de Negação: não, tampouco (também não), nunca, jamais.

Ex.: DE MODO ALGUM irei lá.

Locuções adverbiais de negação: de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma.

5 - Advérbios de dúvida: acaso, casualmente, possivelmente, provavelmente, talvez.

Ex.: TALVEZ ela volte hoje.

Locuções adverbiais de dúvida: por certo, quem sabe.

6 - Advérbios de intensidade: bastante, suficientemente, demais, mais, menos, muito, quanto, quase, tanto, pouco.

Ex: Acho que, por hoje, você já ouviu BASTANTE.

Locuções adverbiais de intensidade: em excesso, de todo, de muito, por completo, por demais.

8 - Advérbios de afirmação: sim, certamente, realmente, decerto.

Ex.: REALMENTE eles sumiram.

Locuções adverbiais de afirmação: com certeza, com efeito, de fato, na verdade, sem dúvida, certo que.

GRAU DOS ADVÉRBIOS

Além do grau normal, o advérbio pode-se apresentar no grau comparativo e no superlativo.

1 - GRAU COMPARATIVO: quando a circunstância expressa pelo advérbio aparece em relação de comparação. Pode ser:

a - comparativo de igualdade: tão…quanto
Ex.: O professor chegou tão cedo quanto os alunos.

B - comparativo de superioridade: mais…que
Ex.: O professor chegou mais cedo que os alunos.

C - comparativo de inferioridade: menos…que
Ex.: Chegaremos menos cedo que você.

2 - GRAU SUPERLATIVO: A circunstancia expressa pelo advérbio aparecerá intensificada. Pode ser:
a – superlativo sintético: formado com o acréscimo de sufixo.
Ex.:Cheguei tardíssimo.

b - superlativo analítico: expresso com o auxilio de um advérbio de intensidade.
Ex.:Cheguei muito tarde.

Obs.:Quando se empregam dois ou mais advérbios terminados em –mente, pode-se acrescentar o sufixo apenas no ultimo.
Ex.: Nada omitiu de seu pensamento; falou clara, franca e nitidamente.

ARTIGO

ARTIGO

É a palavra que antecede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número. Tem também a função de especificar ou generalizar o substantivo.
Ex: O diretor presidiu a reunião.
Uns jornais da cidade trouxeram umas notícias relevantes.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS

1 – Definido: Indica um substantivo específico, individualizado. Pode ser: Singular (o, a) e Plural (os, as).
Ex: O menino resolveu a questão.
2 – Indefinido: Indica um substantivo de modo vago, generalizado. Pode ser: Singular (um, uma) e Plural (uns, umas).
Ex: Um menino resolveu uma questão.

PROPRIEDADES DOS ARTIGOS

1 – Colocando um artigo antes de qualquer palavra, torna esta um substantivo.
Ex: Triste palavra é um não. Aquela pessoa tem um quê de mistério.

EMPREGO DOS ARTIGOS

1 – É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que esse numeral se refere.
Ex: O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.

2 – Nunca deve usar artigo depois do pronome relativo cujo (e flexões).
Ex: Este é o homem cujo amigo desapareceu.

3 – Não se emprega artigo antes de pronomes de tratamento, exceto senhor (a), senhorita e dona.
Ex: Conheci Vossa Alteza no ano passado.

4 – Não se une à preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais e obras literárias.
Ex: Li a notícia em O Estado de São Paulo.

5 – Depois do pronome indefinido TODO usa – se artigo quando se quer dá ideia de inteiro ou totalidade. Quando se quer dá a ideia de qualquer, omite-se o artigo.
Ex: Todo o país comemorou a conquista.
Todo país tem seu governo.

NUMERAL

                                          NUMERAL

É a palavra que indica a quantidade exata de seres, ou a posição que um ser ocupa em uma determinada série.
Ex: três irmãs                                a primeira irmã


                        CLASSIFICAÇÃO DOS NUMERAIS

1 – Cardinais: Indicam quantidade determinada.
Ex: zero, um, dois...

2 – Ordinais: Indicam ordem ou posição ocupada numa determinada série.
Ex: primeiro, segundo, terceiro...

3 – Multiplicativos: Indicam multiplicação.
Ex: dobro, triplo, quadrúplo...

4 – Fracionários: Indicam divisão.
Ex: meio, metade, terço...


          EMPREGO E FLEXÃO DOS NUMERAIS


1 – Antes do substantivo: Emprega - se os numerais ordinais, concordando com o substantivo.
Depois do substantivo: Emprega – se os numerais cardinais, concordando com a palavra número (subentendido).
Ex: segunda casa ou casa dois. III (terceiro) Salão de Automóveis.

Obs.: Primeiro dia do mês deve – se utilizar o numeral ordinal.
Ex: primeiro de abril, primeiro de maio.

2 – Na indicação de reis, papas, séculos e partes de uma obra temos o seguinte:
#Antes do substantivo: Usa - se o numeral ordinal.
Ex: Vigésimo primeiro século. Décimo terceiro capítulo.

#Depois do substantivo: Usa – se os numerais ordinais até o décimo. A partir daí, usa – se os cardinais.
Ex: Capítulo II (segundo) Século VII (sétimo)
João XXIII (vinte e três) Luís XV (quinze) Capítulo XIII (treze)

3 – A palavra AMBOS será numeral quando for substituído pelo numeral cardinal dois, flexionando em gênero e número com o substantivo.
Ex: Ambos os alunos estavam presentes. Ambas as alunas foram premiadas.

4 – Quando os numerais multiplicativos acompanharem os substantivos, flexionam – se em gênero e número.
Ex: Ele tomou um suco duplo. Ela tomou uma vitamina dupla.

5 – O fracionário MEIO concorda em gênero com o substantivo a que se refere.
Ex: Comprou meio quilo de arroz. Comprou meia tonelada de arroz.
Completou a corrida em dois minutos e meio. / duas horas e meia.

6 – Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que os acompanham.
Ex: um terço – dois terços. Um quinto – dois quintos.

CRASE

CRASE




Crase é a fusão de duas vogais “a” idênticas. É representada graficamente pelo acento grave (`).



CRASE OBRIGATÓRIA



1 – Número de horas:

Ex: Chegamos às nove horas.



2 - Na expressão (à moda de ou à maneira de) mesmo que as palavras (moda e maneira) venham oculta:

Ex: Usam sapatos à (moda de) Luís XV.

O jogador fez um gol à (maneira de) Pelé.



3 - Nas expressões adverbiais femininas (às vezes, à tarde, à noite, à procura, às pressas, à direita, à esquerda, às claras, às escuras,à disposição, à parte, às ordens, à toa, à vista):

Ex: Chegou à tarde (tempo). Falou à vontade (modo).



4 - Nas locuções conjuntivas femininas #à+palavra feminina+que# (à medida que, à proporção que) e prepositivas femininas #à+palavra feminina+de# (à força de, à procura de, à beira de, à custa de, à espera de, à frente de, à procura de)

Ex: Progrediremos à medida que trabalharmos.



5 - Palavra feminina:

Ex: Temos amor à arte.



Obs.: Para ter certeza de que a palavra feminina terá crase basta substitui-lá por uma masculina correspondente. Se aparecer (ao/aos) antes da palavra masculina, é porque ocorre a crase.

Ex: Temos amor à arte. (ao estudo)

Respondi às perguntas. (aos questionário)



6 - Pronomes demonstrativos (aquele(s), aquela(s) e aquilo):

Ex:Enviei presentes àquela menina. A matéria não se relaciona àqueles problemas.



7 - O pronome demonstrativo a(s):

Obs.: A é pronome demonstrativo quando puder ser trocado por aquela(s).

Ex: Essa história é semelhante à que contei a ela.



8 - Palavra distância se vier determinada numericamente:

Ex: Via-se o barco à distância de quinhentos metros.



CRASE FACULTATIVA



1 - Nome próprio feminino:

Ex: Refiro-me à (a) Juliana.



2 - Pronomes possessivos femininos (minha, tua, sua):

Ex: Dirija-se à (a) sua fazenda.



3 - Depois da preposição até, se a palavra seguinte for feminina:

Ex: Dirija-se até à (a) porta.

CASOS ESPECIAIS



1 - Casa

a – Casa: Empregada no sentido de residência da pessoa que está falando, não ocorrerá crase.

Ex: Regressaram a casa para almoçar



Obs.: Se casa vier determinada, haverá crase.

Ex: Regressaram à casa de seus pais



2 – Terra

a – Terra: Empregada no sentido de chão firme (oposição a bordo e mar), não ocorrerá crase.

Ex: Já era tarde, e os pescadores ainda não tinham chegado a terra.



Obs.: Se terra vier especificada haverá crase.

Ex: Regressaram à terra natal.



NÃO OCORRE CRASE



1 – Verbo:

Ex: Voltamos a contemplar a lua.



2 – Palavras masculinas:

Ex: Gosto muito de andar a pé.



3 - Pronomes em geral:

Ex: Não vou a qualquer parte. Fiz alusão a esta aluna.



Obs.: Exceto os pronomes senhora, senhorita e dona.

Ex:Dirijo-me à senhora.



4 - Palavras repetidas:

Ex: Estamos cara a cara com o bandido.



5 - Quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:

Ex: Não falo a pessoas estranhas.



6 - Numeral cardinal:

O vilarejo fica a duas léguas daqui.



7 – Antes de nome de cidades:

Ex: Sempre que se referia a Roma, comovia-se.



Obs.1: Se a cidade vier especificada, haverá crase.

Ex: Sempre que se referia à Roma da sua infância, comovia-se.



Obs.2: Quando a cidade não estiver determinada, troca-se o verbo da frase para o verbo voltar. Se nesta troca aparecer “verbo + (da)”, há crase; se for “verbo + (de)”, não há crase.

Ex: Sempre que voltava de Roma (...)

Fui à Holanda. Voltei da Holanda.

sábado, 23 de abril de 2011

FÁBULA: OS ANIMAIS E A PESTE DE MONTEIRO LOBATO

                                                               Os Animais e a Peste



Em certo ano terrível de peste entre os animais, o leão, mais apreensivo, consultou um macaco de barbas brancas. 


- Esta peste é um castigo do céu - respondeu o macaco - e o remédio é aplacarmos a cólera divina sacrificando aos deuses um de nós. 



- Qual? - perguntou o leão. 



- O mais carregado de crimes. 



O leão fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor: 



- Amigos! É fora de dúvida que quem deve sacrificar-se sou eu. Cometi grandes crimes, matei centenas de veados, devorei inúmeras ovelhas e até vários pastores. Ofereço-me, pois, para o acrifício necessário ao bem comum. 



A raposa adiantou-se e disse: 



- Acho conveniente ouvir a confissão das outras feras. Porque, para mim, nada do que Vossa Majestade alegou constitui crime. São coisas que até que honram o nosso virtuosíssimo rei Leão. 



Grandes aplausos abafaram as últimas palavras da bajuladora e o leão foi posto de lado como impróprio para o sacrifício.



Apresentou-se em seguida o tigre e repete-se a cena. Acusa-se de mil crimes, mas a raposa mostra que também ele era um anjo de inocência. 



E o mesmo aconteceu com todas as outras feras. 



Nisto chega a vez do burro. Adianta-se o pobre animal e diz: 



- A consciência só me acusa de haver comido uma folha de couve da horta do senhor vigário. 



Os animais entreolharam-se. Era muito sério aquilo. A raposa toma a palavra: 



- Eis amigos, o grande criminoso! Tão horrível o que ele nos conta, que é inútil prosseguirmos na investigação. A vítima a sacrificar-se aos deuses não pode ser outra porque não pode haver crime maior do que furtar a sacratíssima couve do senhor vigário. 



Toda a bicharada concordou e o triste burro foi unanimamente eleito para o sacrifício. 

Moral da Estória: Aos poderosos, tudo se desculpa... Aos miseráveis, nada se perdoa.

FÁBULA: A GARÇA VELHA DE MONTEIRO LOBATO

                                              A Garça Velha


Certa garça nascera, crescera e sempre vivera à margem duma lagoa de águas turvas, muito rica em peixes.

Mas o tempo corria e ela envelhecia. Seus músculos cada vez mais emperrados, os olhos cansados - com que dificuldade ela pescava!

- Estou mal de sorte, e se não topo com um viveiro de peixes em águas bem límpidas, certamente que morrerei de fome. Já se foi o tempo feliz em que meus olhos penetrantes zombavam do turvo desta lagoa...

E de pé num pé só, o longo bico pendurado, pôs-se a matutar naquilo até que lhe ocorreu uma idéia.

- Caranguejo, venha cá ! - disse ela a um caranguejo que tomava sol à porta do seu buraco.

- Às ordens. Que deseja?

- Avisar a você duma coisa muito séria. A nossa lagoa está condenada. O dono das terras anda a convidar os vizinhos para assistirem ao seu esvaziamento e o ajudarem a apanhar a peixaria toda. Veja que desgraça! Não vai escapar nem um miserável guaru.

O caranguejo arrepiou-se com a má notícia. Entrou na água e foi contá-la aos peixes.

Grande rebuliço. Graúdos e pequeninos, todos começaram a pererecar às tontas, sem saberem como agir. E vieram para a beira d'água.

- Senhora dona do bico longo, dê-nos um conselho, por favor, que nos livre da grande calamidade.

- Um conselho?

E a matreira fingiu refletir. Depois respondeu.

- Só vejo um caminho. É mudarem-se todos para o poço da Pedra Branca.

- Mudar-se como, se não há ligação entre a lagoa e o poço?

- Isso é o de menos. Cá estou eu para resolver a dificuldade. Transporto a peixaria inteira no meu bico.

Não havendo outro remédio, aceitaram os peixes aquele alvitre - e a garça os mudou a todos para o tal poço, que era um tanque de pedra, pequenininho, de águas sempre límpidas e onde ela sossegadamente poderia pescá-los até o fim da vida.


Moral da Estória: Ninguém acredite em conselho de inimigo.